A maioria de nós tem a tendência de usar o tempo livre
dentro de casa assistindo TV. Quem nunca fez isso, atire a primeira pedra. Isso
não é um erro, mas acho que é bom pensar um pouco na influência da TV sobre
nós. Não quero falar que programa é bom ou ruim, mas sim do tempo que nós e
nossos filhos passam em frente da telinha.
Imagem: freepik.com |
Eu particularmente nunca fui uma pessoa de ficar muito tempo
assistindo a TV, sempre fiquei muito fora de casa desde criança. Acho que isso
foi bom, porque eu gosto de arrumar coisas para fazer, não sinto bem assistindo
muita TV em um dia... há quem goste de fazer maratonas de seriados e trilogias
de filme às vezes, é gosto de cada um, mas não é meu caso.
E ultimamente, estava continuando a fazer isso: arrumando
coisas para fazer mais dentro de casa: adiantando coisas do trabalho e da
Igreja, reorganizando coisas da casa, escrevendo nos blogs que tenho,
desenvolvendo habilidades manuais, até aí tudo bem, mas... eu estava fazendo
isso e deixando meu pequeno um bom tempo na frente da TV para ter mais sossego
para executar outras tarefas. Ele acordava e eu ligava a TV para ele assistir
enquanto fazia o que era necessário em casa. Sentava um pouquinho para brincar
com ele, mas com a TV ligada, e nós dois dividíamos a atenção entre tudo,
afinal eu também acabava me distraindo e pegava o celular para olhar as redes
sociais. Ele dormia de tarde, e depois de acordar, eu ligava a TV denovo.
Aí eu percebi que começou a ficar mais interessante para o
Mateus assistir TV do que brincar. Ele ainda gostava de sair passear, mas aí eu
quase não ía e ele pedia a TV, eu cedia. Isso não estava certo.
Me reorganize. Criamos um cantinho pra ele na casa para
deixar seus brinquedos e sua “bagunça” lá, melhor de brincar. Inventei coisas “novas”
que ainda ele não tinha para se entreter: lápis de cor, massinha de modelar, e
outras maluquices que eu inventei. Ele acorda e não ligo a TV, mas deixo ele
brincando até que ele queira mudar de ideia (e o Mateus já está brincando
melhor). Se não dá eu ligo, mas eu geralmente saio de casa com ele: no
parquinho, no mercado ou simplesmente para uma volta na quadra de casa. Estou
cantando mais musiquinhas para ele assim, damos mais atenção um ao outro. Ainda
não estamos perfeitos, mas no caminho pra melhorar.
Comecei a pensar e, na minha opinião, deixar nossos filhos
assistirem TV por um tempo para elaborarmos uma refeição ou fazer algo
extremamente necessário tudo bem. Mas ficar com eles só assistindo TV ou deixá-los
assistindo por muito tempo para agilizarmos um caminhão de coisas que todos nós
temos, é um problema sério. Acabamos sendo parte das estatísticas do mundo moderno
de famílias que vivem juntas e separadas ao mesmo tempo: falta diálogo, falta
conhecer-nos mais uns aos outros, falta convívio. E a TV é o primeiro passo das
mídias sociais, nossos filhos começam com ela, depois com celulares,
videogames... e eles precisam ter o que fazer para que criem outros interesses
passem determinado tempo nisso, e não fiquem só na frente de uma tela uma tarde
toda.
No Para o Vigor da Juventude tem um conselho aplicável pra
todos nós:
“Tenha cuidado para
que o uso que você faz da mídia não entorpeça sua sensibilidade ao Espírito ou
interfira em suas interações pessoais com as outras pessoas. Se passar longos
períodos de tempo usando a Internet ou telefone celular, jogando videogames,
assistindo televisão ou usando outras mídias, isso pode afastar você de
valiosas interações com outras pessoas. Tome cuidado para que o uso que faz das
mídias sociais não substitua o tempo que passa com a família e os amigos”.
É tão bom conversar e passar o tempo juntos com outras
pessoas e prestar atenção nelas. Tem muitos programas bons, especialmente com a
facilidade de aplicativos e opções como Netflix, Hulu, Net Now, entre outros que
assistimos o quê, quando e quanto quisermos, mas estamos só fazendo isso no
tempo disponível que temos? Fica a reflexão e uma pergunta para todos nós:
estamos assistindo TV em tempo adequado?
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