sábado, 10 de fevereiro de 2018

Carnaval no padrão. Por que não?

Hoje começa mais um feriado de carnaval aqui no Brasil. É uma festa ao mesmo tempo bonita e complicada, já que as fantasias, música e dança são bacanas, porém também ligada à nudez, bebida e outros excessos perigosos, e fora dos padrões que conhecemos para seguir.

Mas então tem problema aproveitar a parte boa do carnaval?

Depende de como você vai fazer isso. Em relação à normas e requisitos da Igreja, o mais próximo de orientação que temos é o item de bailes e música no Manual 2 (afinal não tem algo específico do Carnaval nas instruções), que fiz o seguinte:

13.6.6

Bailes e Música

Em todos os bailes, o vestuário, a aparência pessoal, a iluminação, o tipo de danças, a letra das músicas e a música em si devem contribuir para criar um ambiente no qual o Espírito do Senhor possa estar presente (ver Para o Vigor da Juventude). Aqueles que supervisionam os bailes devem seguir cuidadosamente as normas descritas abaixo.
Os líderes usam o formulário de Contrato de Execução Artística ao contratar uma banda, orquestra ou um disc-jóquei. Esse contrato ajuda a garantir que a conduta e a música sejam adequadas para os bailes da Igreja. As pessoas que fornecerem a música não devem usar letras inadequadas nem vestir-se ou expressar-se de modo impróprio. Os líderes devem realizar audições e fazer por escrito acordos firmes e claros nos quais essas pessoas se comprometam a seguir os padrões da Igreja ao apresentarem-se nas atividades da Igreja.
A percussão da música, seja instrumental ou vocal, não deve sobrepor-se à melodia. O volume da música deve ser baixo o suficiente para permitir que duas pessoas lado a lado consigam ouvir-se mutuamente e manter uma conversa normal.
A iluminação deve deixar o ambiente claro o bastante para que se possa ver o salão de um lado ao outro. Não é aceitável a utilização de luzes estroboscópicas; não podem ser utilizadas tampouco as luzes psicodélicas que pisquem com o ritmo da música. Já as luzes no chão, nos cantos do salão ou decorações com refletores nas paredes e no teto são adequadas.

Acredito que todas as recomendações acima são apropriadas para quaisquer celebrações e festas que nós vamos decidir ou participar. Nesse caso, se o Carnaval tem músicas com letras saudáveis e sem palavrões ou insinuações, com volume adequado; se as fantasias forem criativas e dentro dos padrões de vestuário que já conhecemos; e se o local é iluminado com decoração sem provocação; entendo que não há nenhum problema em participar de algo assim.

Eu moro em Curitiba, e aqui pouco existe de carnaval (quem gosta sai da cidade, e há pouquíssimas opções da festa, inclusive eles aproveitam para fazer outros eventos diferentes justamente para quem não gosta, como festivais de Rock e outros gêneros), mas, já passei o carnaval no nordeste uma vez. Fui de manhã com meu pai e minha irmã e acompanhamos alguns blocos de rua. Vi famílias brincando e dançando, músicas instrumentais divertidas, adereços floridos e coloridos, e me senti absolutamente bem por ter participado de algo cultural. Foi realmente divertido (apenas muito cheio, mas tão cedo, mas a gente encara).

Eu e o marido como líderes na Conferência de Jovens com
minha fantasia feita em casa e a máscara dele foi só pra foto, ok?
E nossa manifestação cultural já foi usada para o bem até na celebração do templo, sim! Quando participei do comitê da celebração na parte de danças e música, a terceira parte do programa foi baseada no Carnaval. Foi feito um samba chamado "Do Pinhão à Araucária" que são símbolos da natureza do Paraná, e um desfile com trajes diversos, e só faltou carros alegóricos, mas que foram feitas maquetes representando os pontos turísticos da cidade que foram levadas, e foi lindo, e sim, baseadas no carnaval, e claro, um programa totalmente aprovado pela primeira presidência.

Por fim, na minha opinião então, o carnaval em si não é o problema, mas o que fazem com ele. Quando criança eu frequentei bailinhos de carnaval e me lembrava de jogar confeti e serpentina, além de brincar e dançar com fantasia, o que faço com meus filhos hoje (além de deixar ele curtir a brincadeira divertida na escolinha também, que foi exatamente assim). Tudo bem se você não gosta de samba e da festa, mas por gosto próprio e não por achar que tenha que ser proibido. Como tudo no evangelho: bom senso e sensibilidade ao Espírito também vão nos mostrar as diversões sadias para nossa família. Na dúvida, ore ao Senhor antes de decidir ir em algum lugar ou participar de algo que você terá sua resposta! E de tudo aquilo que não for bom, a gente se afasta e segue a vida.

Com festa ou não, que seja um carnaval divertido para todos nós!