segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

"Eu nunca vou poder negar o poder do Senhor em nossas vidas" - Por Elaine Lima

Hoje é dia de história real, eba! A Elaine, junto com sua família (aliás, cada criança linda), engravidou mais uma vez, já sabia como as coisas funcionavam, começou tudo bem, só que... surgiu uma questão no meio do caminho, e com ela as dúvidas, o medo, os receios... que foram enfrentados com muita fé.

À você Elaine, desejo que sua família continue crescendo feliz e firme no evangelho, e que vocês sejam muito abençoados sempre!

E à todos, vou deixar vocês mesmo sentirem esta emoção nas palavras dela, e isso cada vez mais me fortalece de que, não está fácil para ninguém, mas que com ânimo e confiança em Deus, tudo é possível!



"Bem, somos casados há 1 ano e 5 meses. Temos 2 filhas cada de uma casamento anterior. Quando nos casamos em setembro de 2013, já casamos com planos de ter um bebê em breve, sentíamos que assim a nossa grande e nova família estaria completa... Depois de 3 meses de casados, decidimos que estava na hora de ter o nosso bebêzinho... Tive a confirmação da minha gestação em março de 2014, foi lindo, as crianças curtiram muito e nós também, afinal este é o último bebê e foi muito desejado também... A gestação estava acontecendo de maneira bem diferente das anteriores, estava com muitos enjoos, vômitos, cheguei a ficar internada dois dias em maio, senti um mal estar incrível, mas estava tão feliz! Com 13 semanas, descobrimos que o Gustavo estava a caminho, foi muito emocionante, vibramos muito, minha filha Sophia sempre disse que queria um irmãozinho, pedia até nas orações... Uma fofinha! Agora sim, quatro meninas e um menino! Fizemos os primeiros exames, tudo certo, exame de sangue, urina, ecografia, tudo dentro dos conformes, tudo como deveria ser... Pois bem, chegou o momento da ecografia morfológica, que mãe não espera ansiosa por esta ecografia? Contar cada ossinho daquele corpinho tão pequeno, ver todos os detalhes, estava com o coração a mil! Já tinha feito este exame nas duas gestações anteriores, já sabia mais ou menos como era e meu marido também... Até pedimos para gravar, queria cada detalhe, ver meu bebê a qualquer momento! O exame começou a demorar mais que o normal, já estava na sala há mais de 1 hora, o médico pedia o tempo todo para mudar de posição,virava de um lado, virava do outro, confirmava medidas, mexia na minha barriga... Estava tudo tão estranho, tão fora do normal... Então, dei a mão para o meu marido, olhei para o médico e perguntei: "Então, doutor, tudo bem com o meu menino?", Ele me olhou aflito e pediu para esperar o fim do exame, nesta hora eu já chorei, um choro silencioso, dolorido, sabia que tinha algo errado! Nem sei como foi o fim do exame, não sei o que aconteceu. Só lembro de quando o médico começou a falar. Nosso bebê estava com suspeita de Síndrome de Down, o médico encontrou 3 fatores bem importantes que indicavam isso! Não consegui fazer nenhuma pergunta, nem sei como consegui respirar ouvindo a explicação dele sobre o exame... Eu sai da sala sem chão! Era uma sexta - feira, como estávamos sem as crianças, então desde cedo o plano era encerrar a noite no Templo. Ao sair do exame, ligamos para o meu obstetra que nos atendeu no inicio da tarde, viu o exame e falou que podia não ser nada, que poderíamos fazer um exame para confirmar esta suspeita, mas que o exame oferecia riscos e o resultado demora pra sair, ou seja, teríamos o resultado quase junto com a data provável do parto. Não valia a pena correr o risco, além do mais e se ele tivesse mesmo a Síndrome, eu iria amar menos o meu bebê? Claro que não, ele era meu, foi planejado, era muito aguardado! Mas a aflição era tão grande, passei o dia na cama chorando, não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo... Combinei com o Cássio que ninguém ia saber daquela possibilidade, não queria ninguém me olhando com pena, ouvir comentários, só queria ter a minha gravidez da maneira mais tranquila possível. Eu precisava lutar com os meus medos sem ver as pessoas me olhando com pena... Quando meu marido chegou no fim do dia em casa, lá estava eu, deitada, chorosa, longe de estar arrumada para sair. Então ele me disse que naquele dia, mais do que nunca, tínhamos que ir ao Templo, me arrumei... Já ao entrar no Templo senti uma força, foi diferente. Era como se o Senhor estivesse confirmando que era ali que eu devia estar daquele momento! Dentro do Templo, na Sala Celestial, fiquei renovada. Orei, conversei com o Pai Celestial, chorei abraçada com o Cássio, mas não conseguia pedir que meu filho fosse "perfeito", só consegui pedir que Ele me ajudasse a superar aquele momento e me preparar para ser uma boa mãe para as minhas crianças! Ao sair do Templo, eu era outra pessoa, meu coração estava em paz, minha alma estava leve, eu me sentia renovada... Até saimos para jantar fora... Depois, conversando com o Cássio sobre nossos sentimentos aquela noite, eu disse: "Olha, não sei se ele vai ter algum problema ou não, mas tudo vai ficar bem!". Meu marido sentia o mesmo! O medo não sumiu, ainda existia uma dúvida, mas o nosso coração estava em paz... Eu estava sendo preparada para tudo! Em setembro, viajamos para fazer o enxoval do Gustavinho, escolhemos ir até Salt Lake, assim teríamos a chance de ir ao Templo lá também, conhecer mais sobre a Igreja... Foi um sonho, uma viagem linda, compramos o enxoval com tanto carinho, conhecemos os lugares históricos da Igreja. Entrar no Templo foi mágico, inspirador, o Gustavinho mexeu muito, eu senti uma emoção tão grande, uma felicidade tão grande, estava sim tudo bem! Eu estava pronta para qualquer coisa...  



Eu realmente esqueci nos últimos meses da gravidez, que passamos por isso! Tudo estava bem... Sou tão grata, tão feliz, porque o Senhor nos carregou no colo neste momento, Ele ouviu as nossas orações, nos deu conforto e tirou a dor do nosso coração! Curti a minha gravidez, curto muito minhas crianças! O Gustavo nasceu, em 3 de novembro. Tão lindo, sem nenhuma síndrome ou algo parecido, foi maravilhoso! Eu nunca vou poder negar o poder do Senhor em nossas vidas...


Ainda não sei o que aconteceu aquele dia, não sei se o médico errou no exame, só sei que meu filho está aqui, crescendo e se desenvolvendo como deve ser e eu oro de todo meu coração que ele possa ser tão grato quanto eu sou ao Senhor! E que Ele possa cumprir com o seu propósito aqui na terra. 


 Com isso tudo, fortalecemos a nossa Fé, nosso testemunho! 

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