quarta-feira, 1 de abril de 2015

"É um privilégio sagrado ser mãe e poder cuidar de um lar" - por Vivian Costa

Oba, hoje temos uma colaboração muito especial em nosso blog, eu não podia deixar de pedir para a Vivian dar o seu relato para nós. Ela ganhou seu terceiro filho e afinal, nesse mundo de hoje, como está sendo criar 3 filhos? É o que pedi para ela falar para nós!

Nos conhecemos já faz um bom tempo, e nossas histórias se cruzaram de um jeito muito gostoso: começamos a namorar com nossos esposos com 1 semana de diferença, eles foram para a missão com poucos meses de diferença, nós aqui fizemos muitas coisas juntas, e no fim, somos padrinhos de casamento uns dos outros.

O que mudou é que a maternidade veio bem mais cedo para ela do que pra mim, e ela mal sabe que foi a partir dela que começou a despertar em mim o desejo de ser mãe, afinal, se ela conseguia fazer mil coisas e ainda dar muito amor e carinho à sua primeira filha, que se estendeu a mais dois lindos filhos também, era possível eu dar um jeito também. Mas agora vou deixar que vocês vejam o relato dessa mãe EXEMPLAR, que educada maravilhosamente bem seus pequenos com metas e muito amor e que tem uma família que cresce bem linda e feliz. Obrigada mais uma vez por contar sua história!

Enjoy!

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Olá meninas,

A Flávia me pediu para escrever um pouco sobre minha experiência como mãe, desde o início até agora, com 3 filhos lindos.



Eu acredito que, em relação a maternidade, cada mulher tem seu tempo, tem sua hora de estar pronta para ser mãe e de pensar como mãe. Eu não sei dizer ao certo quando isso despertou dentro de mim, mas acredito que muito cedo. Quando minha mãe perguntava o que eu queria ser quando crescer eu respondia prontamente: - mãe! 

Quando fui tirar minha benção patriarcal eu só tinha isso em mente, e estava muito ansiosa a respeito do que seria dito, mas o Pai Celestial foi tão amoroso, que na primeira frase o patriarca já fez promessas em relação a maternidade, e eu instantaneamente desabei a chorar.

Conversei antes mesmo de casar com o meu marido sobre filhos e tínhamos vontades e expectativas muito parecidas, e ambos estávamos muito ansiosos para começar rápido nossa prole. Fui várias vezes ao templo e orei muito para saber quando seria a hora certa, e vários sentimentos vieram em meu coração antes do sentimento de que era hora de começar a tentar. Quando completamos 6 meses de casamento eu parei com o remédio, eu sabia que não seria tão rápido, mas obviamente estava muito ansiosa. Engravidei 3 meses depois, foi uma alegria sem fim, minha primeira filha estava a caminho.

A gestação da Laura foi muito tranquila, enjoei um pouco, engordei o necessário, mas sem riscos e sustos. Ela nasceu de 40 semanas de Cesariana, com 3.600kg. Como eu tenho duas irmãs mais novas, não fui aquela mãe de primeira viagem que não sabe nada, mas claro que é um momento único e maravilhoso os cuidados do seu próprio filho, cheio de novidades e alegria. Na época eu estava na faculdade e administrava a empresa do meu pai, então a vida estava bem corrida, mas ela era um bebê muito tranquilo e me dava segurança para continuar meus afazeres com ela por perto, brincando na sua cadeirinha.



Nossa meta era engravidar do segundo filho quando a Laura tivesse 6 meses, mas quando ela completou 5 meses descobrimos que ela tinha tido Toxoplasmose Congênita, ou seja, ela contraiu durante a gestação, então tanto eu quanto ela tínhamos a doença, o que me impedia de engravidar até ela completar um ano. Fiquei muito chateada e preocupada com as consequências da doença e de não poder engravidar dentro do planejado, mas os tratamentos foram todos realizados com sucesso. 

Quando a Laura completou 1 ano e 1 mês começamos as tentativas, e dessa vez foi mais fácil, engravidei na primeira vez. Eu pensava que seria tão diferente engravidar do segundo filho, afinal era impossível amar uma criança como eu amava a Laura... Mas claro que não foi assim, foi tudo tão emocionante como da primeira vez, a emoção de descobrir que a Laura iria ganhar uma irmãzinha, a ansiedade de como ela seria, a ansiedade para o dia do parto, a emoção de vê-la pela primeira vez, tão parecida com o Pai, tão pequena e perfeita. Minha Vanessa nasceu de 39 semanas e meia, com 3.300kg.



E chegar em casa e ter dois bebês foi mais natural do que eu imaginava, parecia que ela já fazia parte da família. A Laura não teve ciúmes, amava a irmãzinha e era super amorosa. Claro que aquela ansiedade do banho e cuidado iniciais foram muito menores, já saber como fazer tudo ajudou muito e tornou tudo muito mais fácil. A Vanessa também era um bebê tranquilo, mamava muito bem, chorava muito pouco. A Laura era só um pouco maior, mas não parecia ligar muito por perder um pouco o colo dela, ou talvez ela fosse muito pequena para perceber que estava dividindo. Eu amamentava a Vanessa, mas como tinha muito leite extra esgotava para guardar, mas a Laura não deixava passar, queria tomar todo leitinho da Vanessa na mamadeira dela, e eu dava, então a Laura tinha suas vantagens.



Nesse período eu me formei e decidi parar de trabalhar na empresa, nos mudamos de casa e muitas coisas aconteceram em nossa vida. Resolvi trabalhar como fotógrafa (pausa rápida na história - conheçam o trabalho maravilhoso dela na Página Vivian Costa Fotografia) poucas vezes por mês e então eu finalmente estava apenas cuidando das minhas pequenas, curtindo as conquistas e aprendizados delas, apesar de ter menos dinheiro entrando eu estava feliz e realizada. Claro que a vida de dona de casa é muito mais cansativa do que parece, mas era o que eu tinha escolhido fazer e estava feliz com minha escolha.

As duas foram crescendo e se tornando muito amigas, cada dia mais independentes e mais espertas, então depois de um tempo eu fui percebendo que estava ficando fácil até demais... Eu não tinha mais bebê em casa e fiquei com medo de me acostumar com essa fase e não querer mais filhos, então resolvemos embarcar na aventura novamente... A Vanessa estava com 2 anos e a Laura com 4 anos quando começamos a tentar, porém dessa vez não foi tão rápido, demorei 6 meses para ver os dois risquinhos no teste.

No mesmo dia que eu contei para o Juliano que estava grávida ele me falou que tinha certeza que seria um menino... e como ele tinha acertado que seriam meninas nas outras vezes, eu acreditei nele e fiquei muito emocionada, não porque eu queria muito um menino, mas porque meu mundo seria azul desta vez e provavelmente seria tudo diferente. 

Os meses seguintes foram muito muito difíceis, essa gravidez foi muito pior que as outras. Eu vomitava dia e noite sem parar, fiquei fraca e abalada. Perdi 6 kg logo no início e não me sentia disposta pra nada, muito menos para fazer comida para as meninas, o que foi muito difícil pra mim. Congelei muita comida e fui administrando para que elas se alimentassem bem, mesmo que eu não conseguisse comer nada. Tive que ir para o hospital tomar soro e medicação, então resolvi passar uma semana na minha sogra, para que as meninas tivessem a atenção necessária. Foi neste período que eu descobri que muitas vezes gravidez pode ser sim até pior que doença e que não devemos julgar como cada um passa por esse período, pois se a mesma pessoa pode ter gestações tão diferentes, imagine pessoas diferentes né? Não foi fácil... mas deu tudo certo.

 O Julio Cesar nasceu com 3.660kg de 38 semanas, muito lindo e saudável. Foi uma alegria imensurável ter mais um membro em nossa família e ver ele no colo de suas irmãzinhas. Como elas ficaram alegres, como elas amaram instantaneamente aquele bebezinho tão pequeno, que privilégio divino presenciar tudo isso.



E agora somos 5! Nossa vida é corrida e cheia de surpresas e desafios, todos os dias passamos por descobertas, por artes, por alegrias, por momentos únicos de alegrias e as vezes de loucura. Quando ando sozinha na rua com os 3 todos me olham, alguns por achar que são crianças demais para esses dias, outros com admiração porque também queriam mais filhos, mas simplesmente não tem coragem, ou acham que custa muito caro.

Se é uma loucura? Talvez...  muitas vezes o “volume” da casa vai muito além da normalidade enquanto as meninas cantam suas músicas, as vezes os três precisam de mim ao mesmo tempo, as vezes estão todos dormindo e eu fico entediada porque não tem nada pra fazer! Mas claro que sempre tem louça pra lavar, sempre tem roupa pra passar, sempre tem lanche pra preparar, sempre tem banho pra dar, sempre tem cabelos pra pentear, sempre tem beijinhos pra receber, sempre tem abraços pra ganhar, sempre tem amor pra dar!!

Para dar certo aqui em casa, acredito que precisamos de metas e de uma rotina. As meninas tem as metas delas, que são simples mas que precisam ser realizadas, para que elas aprendam sobre disciplina, aprendam a obedecer e que podem ser recompensadas quando fazem tudo certinho. Algumas das metas delas são: Não brigar, Não gritar, Guardar os brinquedos, Comer sozinhas, Fazer oração, Entre outras...  O quadro de metas delas é semanal e elas recebem um presentinho simples quando conseguem cumprir todas as metas durante a semana toda, como por exemplo adesivos, balinhas, uma caneta ou até uma ida ao cinema.

Além das metas delas temos nossas metas familiares de leitura de escrituras, oração familiar, reunião familiar, idas ao templo, saídas do casal e horários de dormir. Incluímos elas em todas as metas, para que elas saibam a importâncias de serem realizadas desde cedo. Acredito que essas metas são a chave para o bom funcionamento do nosso lar, sempre que estamos em dia com elas, tudo fica bem e tranquilo.

Para mim é um privilégio sagrado ser mãe e poder cuidar de um lar, me sinto profundamente agradecida pelos espíritos maravilhosos que o Senhor me concedeu para criar e ensinar e sei que tenho uma responsabilidade muito grande de fazer o meu melhor, e é para isso que eu trabalho todos os dias, para ensiná-los tudo que eu puder, para nos esforçarmos para sermos exaltados em família. Para isso qualquer sacrifício vale a pena, concordam??

E essa tem sido minha experiência como mãe, que começou há 5 anos e vai perdurar por toda a eternidade.

Beijinhos
Vivian





5 comentários:

  1. Adorei!! Essa família é muito linda e inspiradora!!

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  2. Que lindo Vivi. é um consolo saber que tudo o que passamos em nisso lar no dia a dia é o mesmo que outras mães e donas de casa passam e sentem. É um privilégio ser mãe e poder cuidar pessoalmente das.necessidades da Familia. Tbm amo esse trabalho. Obrigada pelo seu exemplo.

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  3. Inspirador.... Um sonho eterno..S2

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  4. Inspirador.... Um sonho eterno..S2

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  5. Da vontade de ter 5 filhos vendo a Vivi relatar a experiencia dela!
    É impressionante o capricho que ela tem com sua familia, e da animo por saber que apesar de nao ser facil, eh recompensador!
    Parabens, Vivi!

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