sexta-feira, 22 de maio de 2015

Se preocupar tudo bem, mas nada de julgar

Estava conversando uma vez com uma amiga querida, que tem um filho quase 1 ano mais velho que o meu, e,como normal de meninos, é uma mãe que corre bastante atrás dele, aguenta birras e tem suas dificuldades (ok, sei que tem meninas bem agitadas, posso até estar errada, mas o que vejo é meninos bem mais agitados e aventureiros por aí). 

Tudo isso também acontece aos domingos, afinal, as 3 horas de reuniões dominicais são cansativas às crianças. Com a sacramental no final então, a última meia hora parece impossível algumas vezes, mesmo tentando ensinar, educar e mostrar a importância da reverência, não costuma ser simples.

Ela passou um tempo nos Estados Unidos, e perguntei como estava sendo a adaptação de sua família na ala que ela foi lá. Comentou sobre algumas dificuldades, porém, algo em específico me chamou a atenção. Ela disse que, nos momentos de choro, birra e correria atrás do filho dela na reunião sacramental, ela não sentiu, e nem viu, nenhum olhar de repreensão, do tipo "saia da capela, você está atrapalhando a reverência"; mas, ela sentiu amor, compaixão e empatia daquelas famílias e mães, algo como "fique tranquila, eu te entendo".

Já pensaram como seria bom se todas as pessoas demonstrassem esta empatia - e não julgamento - à tantas mães que conhecemos? Atire a primeira pedra que nunca falou ou ouviu algo de ruim relacionado ao comportamento de crianças de algumas famílias nas reuniões da Igreja ou em locais públicos. Tenho certeza que muitas destas mães estão fazendo seu melhor ao ensinar seus filhos sobre a reverência e princípios do evangelho, mas é comum algumas pessoas esquecerem que isso é algo contínuo e exige tempo para os resultados surgirem.


Li um artigo onde uma mãe de 3 ou 4 filhos falou sobre isso. Ela levou a família para assistir a conferência geral na capela e uma senhora se incomodou e falou no meio da sessão que seus filhos estavam atrapalhando a reverência e o Espírito. Esta mãe, arrasada, decidiu sair e passou uma semana frustrada e com um grande dilema: se devia ir com as crianças à Igreja no domingo seguinte. Acabou indo apenas porque tinha uma designação a cumprir, e determinada a retornar mais cedo para casa. Felizmente, uma bondosa irmã olhou seus filhos e disse à ela que seu empenho faria toda a diferença no futuro e na vida deles, e que ela estava fazendo seu melhor. Ela conta que isso fez toda a diferença para manter sua atividade na Igreja e considerou que a senhora anterior deveria estar em um mal dia, virou a página e seguiu em frente. 

Com ela foi assim, ufa, mas será que com todo mundo foi?

Naturalmente sabemos que há crianças mais tranquilas e outras nem tanto. Não é fácil aos pais conseguirem deixar tudo em ordem. Porém, uma coisa todos podemos fazer na dificuldade: ajudar e se preocupar genuinamente.

Já vi moças, adultas solteiras e até rapazes ajudarem mães de filhos pequenos dando uma voltinha com eles fora da capela para ela ouvir um discurso com mais tranquilidade.

Já vi mães compartilhando lanchinhos com outras crianças e também reforçando o aviso dos pais sobre a reverência e o comportamento nas reuniões.

Como meu baixinho é da turma dos exploradores e que se cansa rápido demais, levo muitos brinquedos em uma sacola separada pra ele se distrair, o que dura um tempinho, mas também chama outras crianças para nosso banco. Elas brincam mais do que ele, mas fico feliz em poder compartilhar e ajudar, e às vezes, meu pequeno até se acalma brincando (às vezes brigando por um brinquedo... né... mas passa rápido) com outras crianças, é bom no geral.

Então que neste fim de semana possamos ter empatia: não vamos julgar ou criticar, mesmo que exista uma criança histérica, e ajudar. Com certeza, será um domingo muito bom!

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