segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Por que precisamos falar de absolutamente tudo com nossos filhos?

Porque se não formos nós - os pais - que falarmos, eles vão encontrar respostas em outro lugar neste mundo. E será que estas respostas são o que desejamos para eles?

Imagem: Freepik

Nas gerações passadas, e mesmo na minha, muitas perguntas consideradas difíceis e de assuntos polêmicos - como de relacionamentos sexuais, drogas, comportamentos fora do comum, etc - não eram respondidas. Muitos pais - por medo, vergonha, dificuldade de lidar com o assunto, entre outros motivos - não conversavam abertamente com seus filhos sobre estes tópicos. Às vezes explicavam algo superficialmente, e em outros casos a conversava encerra na própria pergunta, com um "isso é coisa de adulto". Ou ainda inventava-se alguma coisa pra falar. Eu até acredito que a história da cegonha para explicar a chegada de um bebê tenha forte relação com isso.

Ainda que a curiosidade da criança ou do jovem persistisse, quase todas as famílias seguiam esse modelo, e sem muitos recursos para procurar informações, a pergunta não ia muito pra frente. O assunto "morria" e as respostas aos questionamentos mais delicados vinham muitos anos depois, com uma maturidade já bem diferente do que antes.

Mas hoje, as coisas estão bem diferentes.

Qualquer tipo de assunto é fácil de ser encontrado, mesmo que nem sempre fácil de ser discutido. A mídia mostra todo tipo de situação, desde televisão e internet até outdoors na rua bem a nossa frente. Boa parte das perguntas surgem repentinamente na nossa cara. E para encontrar respostas, basta escrever no google o termo para encontrar muitas coisas - boas e ruins. As pessoas, que em geral falam muito mais abertamente, também possuem opiniões diversas e respostas vindas de amigos e outros familiares que podem ser muito diferentes do que nós pais SUD´s esperamos e acreditamos.

Quando fui presidente das moças, fiz uma noite do pijama com as meninas onde tivemos uma roda de conversa, e confesso que jamais imaginei que responderia algumas perguntas que elas fizeram - BEM diretas de assuntos atuais. Imagina o que já não devem ter perguntado em casa?

Então, hoje eu acredito firmemente que, quando um questionamento difícil surgir, não podemos fugir da pergunta. Temos que explicar, de forma respeitosa e delicada, qualquer tópico que aparecer.

Vamos pegar um exemplo bem direto: E se uma criança pergunta se um homem pode namorar outro homem? Considerando os princípios religiosos que temos, mas ao mesmo tempo respeitando as opiniões diferentes e sendo tolerantes? O que respondemos?

O tempo passa rápido e considero que eu estou perto de chegar nesta fase, e vou tentar fazer o meu melhor, mas não fugir da pergunta. Vou tentar algo como "tem homens que namoram com outros homens, mas nós acreditamos que o certo são os meninos namorarem com as meninas". A conversa vai provavelmente desenrolar, aí está uma oportunidade de ensinar os princípios que aprendemos.

Se não formos nós que falarmos e ensinarmos nossos princípios, é fato que nossos filhos vão aprender com o mundo coisas diferentes. O que será exatamente? Impossível saber.

Não é fácil lidar com isso, mas vamos nos preparar. Estudar as escrituras, orar por sabedoria para sabermos como orientar nossos filhos, e assim termos a confiança deles para que, quando uma pergunta ou um tópico difícil surgir, que eles confiem em nós e sejamos nós a primeira fonte de resposta de nossos filhos.


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