segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Ajudar nossos filhos a buscarem um testemunho

Na minha opinião, um divisor de águas entre nossos filhos permanecerem ou não no evangelho é entender porquê ele é essencial em nossa vida e assim, obter e manter um testemunho forte.




Hoje em dia, diferente de nós e gerações passadas, acredito que, tudo que é feito por obrigação, chega um momento que tudo se desvirtua completamente. Se você apenas obriga seus filhos à irem para a Igreja sem tentar mostrar a importância e necessidade do evangelho em suas vidas, de forma amorosa e MUITO paciente, chega um dia que a probabilidade dele se rebelar e nem querer mais saber da Igreja é muito alta. Antigamente, mesmo se discordássemos, fazíamos o que os nossos pais diziam por obediência, respeito e até medo... mas hoje, em que o mundo diz que "tudo pode" é difícil isso ser mantido.

Vejo totalmente isso com os jovens, e já vejo isso com muitas crianças, mesmo as pequenas, que, nestes tempos desafiadores, desde de cedo temos que aproveitar todas as oportunidades possíveis de incentivar nossos filhos a buscarem seu testemunho, compreenderem por eles mesmos (através da influência do Espírito quando o buscarem) a importância do evangelho em suas vidas.

Mas se são eles que precisam buscar e nutrir seu testemunho, o que nós podemos fazer?

Servindo há tantos anos nas moças, pude conviver e observar muitos jovens e seus pais. Vi alguns jovens fortes e com testemunhos maravilhosos, e infelizmente, vi outros que deixaram de partilhar o evangelho, pelo menos até o momento. Vi que bons pais ajudaram seus filhos de muitas formas.

Acho que não existe uma fórmula certa, mas, algumas coisas que observei nos pais dos jovens que tinham testemunhos fortes e que continuaram crescendo ao longo dos anos:

Os pais são exemplos. Aquelas coisas simples de que tanto ouvimos falar: leitura das escrituras, orações familiares, frequência à Igreja e ao templo, cumprimento dos padrões. Eles faziam isso constantemente, e inclusive, prestavam seu testemunho na sacramental.

Os pais são presentes. Eles sabiam com quem, como, e quando os filhos saíam de casa. Sabiam sobre a vida de seus filhos, realizavam tarefas juntos, desde lições da escola até metas dos programas fé em Deus, Progresso Pessoal e Dever para com Deus. 

Os pais cumprem com seus chamados e responsabilidades na Igreja. Eles sempre cumpriam suas designações, preparavam aulas, assistiam e participavam de atividades e programas e ajudavam inclusive nos imprevistos.

Os pais não deixam os filhos fazerem o que quiserem. Limites são discutidos e regras estipuladas. Muitas vezes não podem sair em determinados locais, e determinadas pessoas. Outras vezes, incluindo bailes da Igreja mesmo, podiam ir, mas com horários e programação de ida e volta.

Os pais são ouvintes e interessados nas dificuldades dos filhos, mesmo que banais para eles. Existia orientação com suas dúvidas e questionamentos, dos problemas pequenos e banais até os mais difíceis. E nem sempre conseguiam dar as respostas naquele momento, mas ao menos buscavam-nas juntos.

Eu sou nascida no evangelho. Participei da Primária e das Moças, fiz seminário, conheci muita gente em conferências de jovens, apresentações regionais, e por aí vai. Ia na Igreja pra ver meus amigos, mais do que pra aprender sobre o evangelho. Mas... um dia discuti com as minhas amigas da ala, a amizade balançou, voltou depois, mas não tive aquele desejo enorme de estar na Igreja por causa delas. E neste momento, eu tinha que decidir porque eu iria à Igreja. E aí eu fui buscar respostas com real intenção. Foi um divisor pra mim, e depois disso foi diferente. Eu me senti realmente convertida.

Mas... tenho certeza que, se meus pais não tivessem sido fiéis e insistentes em muitas coisas, todas elas acima, não sei se este caminho seria o mesmo. Sou muito grata por isso, e assim pude me manter fiel até hoje. 

Agora, é meu desafio fazer com que meu filho e espero que ele sinta um dia tudo o que já senti. 
O que vocês fazem para ajudá-los?

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